Associação Vem Ser

Afetividade

O progresso tão sonhado pelos nossos antepassados chegou aos nossos dias de forma “arrasadora”. Essa nossa opinião surge em virtude de, a cada dia, nós construirmos muito pouco para cada um de nós. Atualmente pouco se constrói… compra-se pronto… importa-se… congela-se… descongela-se… ou manda-se fazer. Enfim, quase tudo está pronto ou semipronto. Não podemos perder tempo.

E nos poupando até o ato de imaginar… A TV e a mídia reproduzem as imagens (reais ou irreais), nos mostra o que queremos e o que não queremos ver, influencia o nosso gosto e até os nossos valores. Aos poucos estamos perdendo o prazer de produzir algo, ou até não sabemos mais como fazer.

E as crianças? … Como se situam frente a essa realidade? O que ensinamos elas construírem?

Necessitamos ao menos construirmos a nós próprios, como pessoas e a nossa AFETIVIDADE. Ela é um dos elementos propulsores do nosso comportamento e se manifesta de diferentes formas, mas é um fator determinante na construção de cada um de nós, como seres humanos que somos.

Em cada fase do nosso desenvolvimento, a afetividade é expressa e recebida de diferentes formas.

BEBÊS – é através do diálogo corporal (do tato) que podemos manifestar nossa afetividade e fazer com que o bebê a receba com prazer,

CRIANÇAS – necessitam de elogios e incentivo naquilo que realizam, assim sentir-se-ão valorizadas e reconhecidas pelos adultos e demais pessoas com quem se relacionam,

ADOLESCENTES – estão sempre em busca de novas experiências (ou aventuras). São questionadores quando das descobertas e necessitam do respeito e da compreensão do adulto como forma de afeto,

ADULTOS – para muitos parece que a afetividade não representa um papel importante nesta fase de vida. Mas estes se enganam. Todos somos movidos a estímulos, somos capazes de nos defender de ofensas, mas somos impotentes diante de elogios,

IDOSOS – necessitam restituir sua autoestima (muitas vezes perdida), sentirem-se ainda valorizados e produtivos.

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – são aquelas que mais necessitam de afetividade, pois deparam-se, em seu dia a dia, com o preconceito e a discriminação. Seria necessário que todos entendêssemos que discriminar é saber dissimular o que não se pode remediar…

Daí concluirmos que a AFETIVIDADE é o combustível da nossa existência. Precisamos produzi-la, fabricá-la, importá-la e descobri-la lá nos poços de nossas emoções para vivermos, senão só nos restará tentarmos “sobreviver”.

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Cacilda G. Velasco

Especialista em Psicomotricidade, Titulada Especialista em Gerontopsicomotricidade pela Associação Brasileira de Psicomotricidade. Professora, Pedagoga e Profissional de Educação Física, responsável Técnica da Associação VEM SER. Vários livros publicados na área psicomotora e diferentes atuações acadêmicas com cursos, congressos, mesa redonda e atuação desde 1984 em Terapias Psicomotoras na Água.

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Especialista em Psicomotricidade, Titulada Especialista em Gerontopsicomotricidade pela Associação Brasileira de Psicomotricidade. Professora, Pedagoga e Profissional de Educação Física, responsável Técnica da Associação VEM SER. Vários livros publicados na área psicomotora e diferentes atuações acadêmicas com cursos, congressos, mesa redonda e atuação desde 1984 em Terapias Psicomotoras na Água.

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Prof. Dr. Rui Fernando Roque Martins

Professor Associado na Faculdade de Motricidade Humana (FMH) da Universidade de Lisboa (UL)
Docente na licenciatura em Reabilitação Psicomotora e Coordenador do Curso do Mestrado em Reabilitação Psicomotora, da FMH – UL
Membro fundador e delegado português do Fórum Europeu de Psicomotricidade
Delegado Português da Organização Internacional de Psicomotricidade e Relaxação desde 1989.
Honoris Causa pela Organização Internacional de Psicomotricidade e Relaxação, pela contribuição para o desenvolvimento Internacional da Psicomotricidade
Membro fundador e Presidente da Associação Portuguesa de Psicomotricidade.